...e dentro de mim , me debato em crises de insana euforia de criança que berra e ofende sem saber o perigo do castigo, sem conseguir enxergar o brutal desatino de quem se corta se esfola e sangra pra se embebedar de alívio...alívio? Posso traduzir esse alívio como a total sensação de peso do mundo e silêncio interno depois do furacão, depois das entradas e saídas de dentro de mim, do meu caos particular, da insanidade que habito e me habita tecendo teias, criando emaranhados de verdades mentirosas e farsas em poemas.
Tive épocas de amar insanamente e sentir felicidade de dentro pra fora e em outras,não amava nada e a felicidade me perseguia com total e veloz persistência, não sei ao certo em que momento me achei e me perdi e me achei de novo e mais uma vez estava eu no meio do nada no deserto das milhares de portas de entradas e saídas desse fundo que é tão fundo que nem eu mesma saberia dizer o quanto. Ingênua perspectiva de me achar agora em algum lugar desse caminho longo e doce, frio, cheio de sol, ventos,tempestades,sorrisos, encontros ,partidas e todo o resto de mundos colados no caminho. Saí da crisálida, expandi meu corpo para fora de tudo e alcancei lugares que são meus...com a chegada das, incialmente ,pequenas asas o mundo me pareceu tão pequeno para todos os vôos que eu poderia dar ou lugares que poderia ir... e agora que a borboleta tomou forma e que as asas já não são tão pequenas assim, onde estou n o meio disso tudo? Patrícia Pina Cruz_Dez/11
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